GRUPO 3 – Gabriela de Brito, Mônica Salmazo e Sarah Menezes
Disponível em: http://www.fafich.ufmg.br/cis/pdfs/grispress/SOUZA_rogerio.pdf
Reflexão do grupo
Colunas sociais já foram o auge do Jornalismo. Era um lugar para as pessoas se mostrarem e se exibirem. Entretanto, só apareciam aqueles que tinham nome, berço e poder. Além disso, nesta época de glamour, o Jornalismo era muito mais literário e cheio de detalhes, diferente de hoje, que é rápido e sintético, acompanhando as modernidades.
Tendo em vista todas essas mudanças, percebeu-se que o leitor agora era diferente, e foram surgindo novas formas de escrever que estivessem de acordo com o estilo do leitor. Por isso, surgiram as colunas em notas, derivadas das colunas sociais, e que hoje tratam de tudo que acontece no mundo. São chamadas colunas de variedades: elas informam, mas não deixam de expressar a opinião do autor.
As colunas de notas ultrapassaram muitas barreiras, principalmente na ditadura militar. Ela foi se transformando e tomando a política como referência. Os políticos aprenderam a tomar vantagem disso e começaram a pautar as colunas gerais. A publicidade passa, nos anos 80, a ter voz e os jornais começam a ter mais cores e a pensar em mais anunciantes.
As fofocas das famílias ricas e poderosas limitaram-se a jornais interioranos e a política perdeu o poder que a referenciava. Agora, as grandes estrelas das colunas de notas passaram a ser as pessoas que acontecem, que estão na boca do pessoal. A coluna de notas mudou o foco e o mundo social global. Aparece quem e o quê está em foco, de forma que as colunas são muito procuradas pela facilidade de leitura.
Essas mudanças foram acontecendo devido justamente a essa preocupação das mídias com o interesse do leitor. Para isso, pesquisas são realizadas, levantando a opinião do público. É tudo uma adaptação das primeiras formas de colunas, ou seja, as sociais. Essas colunas, na verdade, não estão encerradas, apenas sofreram mudanças para se adaptar ao público leitor, por isso, aparecem nas chamadas “colunas de variedades” quem está no foco, pode ser um socialite ou um político.
As pessoas cansaram de saber da vida dos poderosos e querem saber o que outras pessoas pensam, mas esta pessoa, em si, precisa estar importante no momento. É importante inovar sempre em questão de colunas, afinal, não é fácil agradar a todos. Outra mudança que vale citar é a que ficou conhecida como “jornalismo de griffe”. Os próprios colunistas viraram verdadeiras estrelas, sendo que o importante muitas vezes não é a notícia em si, mas quem escreveu sobre determinado assunto.
Diferente disso existem as colunas em que a impessoalidade é o que vale. Esse tipo existe há anos e promete continuar nos jornais impressos: o “colunismo político” que repercute o que acontece na política e vem sempre nas primeiras páginas dos jornais.
Nas colunas de notas os textos vêm mesclados de informação e entretenimento e de forma mais compacta para, assim, atrair e prender a atenção do leitor atual, que tem pouco tempo para tal atividade (leitura), então recorre a notícias rápidas para ficar antenado ao mundo.
Foi a correria do dia-a-dia que levou as colunas de notas a virarem moda. Enfim, o objetivo do artigo foi mostrar toda a trajetória e evolução das colunas, mostrar o gênero, a princípio, denominado ameno e sem muita importância e que se transformou e atualmente exerce forte influência nos mundo da informação.